sábado, 31 de outubro de 2015

HALLOEEN

31 de Outubro – A Origem do

O halloween, ou dia das bruxas como ficou conhecido, embora seja uma tradição de países do exterior, vêm ganhando cada vez mais a simpatia dos brasileiros.
O que muita gente desconhece é que esta festividade, digamos, exótica, surgiu a partir de adaptações de crenças dos povos pagãos¹.

Estes povos, em destaque os celtas, possuíam vários festivais durante o ano, que eram baseados nas est

ações, ou seja, no ciclo da natureza. Isto porque, eles dependiam daquilo o que vinha da terra e não tinham a tecnologia e facilidades que temos hoje, estando sujeitos a dificuldades que não conhecemos. Eles entendiam que a natureza e suas forças possuem sua própria energia e que precisamos estar em harmonia com ela para sobreviver, pois, assim como tudo o que nos rodeia, o ser humano faz parte dela.

Bem, nesta data em especial, comemorava-s

e o festival chamado de Samhain (pronuncia-se Sou-ein e ia de 31 de outubro a 02 de novembro). Era uma das mais importantes datas para eles, pois tratava-se do ANO NOVO, bem como o princípio do inverno. Ao que se sabe, os Celtas dividiam o ano em dois períodos: a metade quente e a metade fria (escuridão), como se existisse apenas verão e inverno, e observavam, dentro de cada período a evolução e transição do clima. Portanto, esta celebração ocorria no pico do Outono, mas era chamada de “Fim de Verão” e “Amanhecer do Inverno”.
Neste período acreditava-se que a barreira entre o mundo material e os outros mundos praticamente não existia. Por se tratar de início de ano e considerando as dificuldades que poderiam vir com um rigoroso inverno, pois provavelmente haveria escassez de alimento, era comum comunicarem-se com seus ancestrais e energias presentes na época, a fim de obter conselho e garantir que sobreviveriam.

Era também um período de renovação onde concluíam todos os assuntos pendentes e se desfaziam do que já

não servia mais. Com o tempo, e o advento da nova religião, muitas das preciosidades destes povos acabaram sendo destruídas, distorcidas e adaptadas.
Os ancestrais que para eles trariam sabedoria e força, acabaram virando espíritos malignos dos mortos que vinham perturbar, as energias da natureza que se apresentavam na época acabaram virando demônios. Os pagãos acabaram sendo chamados de bruxos e bruxas e associados a coisas negativas e pejorativas, por conta da “santa” inquisição.
Houve uma série de fusões e mesclas e os disfarces e máscaras foram adotados como forma de afastar os maus espíritos, mas, pode ser que isto vinha sendo feito pelos antigos também, pois, diz-se que as máscaras eram utilizadas por pessoas que precisavam sair na noite de Samhain. De um modo geral, se a linha entre os mundos está mais em tênue, existe uma possibilidade maior dos mortos vagarem entre nós e isto não excluiria espíritos hostis. De qualquer forma, ainda não está claro onde começa e termina cada costume e onde eles se fundem, principalmente pelo fato de que os povos antigos costumavam passar suas tradições oralmente.

Também o cristianismo teria aproveitado a fase para adaptar os dias de Todos os Santos (All Hallows' Eve) e Finados, devido à associação do período com os mortos². O costume das crianças fantasiadas baterem à porta com a famosa frase: ”travessuras ou gostosuras” é uma brincadeira existente desde o séc. IX onde as pessoas faziam bolos e entregavam um pedaço às crianças em troca da promessa que elas rezassem por um parente falecido da mesma. Porém, em tempos antigos, eram adultos vagantes que iam cantando cânticos de casa em casa e recebiam agrados dos habitantes. Eram oferecidos também presentes (treat) aos espíritos em forma de oferenda e, na Bélgica, um antigo costume era o de preparar “Bolos para os Mortos” (bolinhos pequenos). Comiam então um bolo para cada espírito e, quanto mais bolos comessem, mais os mortos os abençoariam; mais uma vez a referência aos doces.

Outra tradição desta data que perdura até hoje são os jogos de Oráculos. Era comum, principalmente por se tratar do ano novo, os líderes espirituais fazerem adivinhações para que todos pudessem se preparar para os próximos meses e as dificuldades que poderiam vir. No mesmo ritmo, as pessoas do povo faziam suas próprias “previsões”: uma das brincadeiras  é o barril de maças, que as mulheres faziam. Segundo a crença, a primeira que conseguisse pegar uma maça, se casaria no próximo ano.    

¹ Pagão: significa originalmente “homem do campo” (viviam e tinham suas crenças voltada para a colheita) que, com o tempo,  acabou virando para muitos: “aquele que não é cristão”.

² Diversas datas e comemorações cristãs foram firmadas em datas pagãs para facilitar a conversão à nova religião.

sábado, 20 de junho de 2015

YULE - Solstício de Inverno

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(21 de Dezembro) H. Norte / (21 de Junho) H. Sul

Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do Ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.

O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.

Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os DEUSES rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.

Coloque flores e frutos da época no altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.

COMEMORANDO O YULE

O altar é decorado com plantas como pinho, ALECRIM , LOURO , zimbo e cedro, os quais podem ser utilizados para marcar o Círculo. Folhas secas também podem ser colocadas no altar. Encha o caldeirão - no altar e sobre uma superfície à prova de FOGO - com algum líquido inflamável(álcool), ou então coloque uma VELA vermelha dentro do caldeirão.

Em RITUAIS externos, prepare uma fogueira sob o caldeirão, a ser acesa durante o RITUAL . Prepare o Altar, acenda as VELAS e o INCENSO , crie o círculo, invoque a Deusa e o Deus. de pé diante do caldeirão, contemple seu interior. Diga estas palavras ou outras semelhantes.

"Não me aflijo, embora o mundo esteja envolto em sono.
Não me aflijo, embora os ventos gélidos soprem.
Não me aflijo, embora a neve caia dura e profunda.
Não me aflijo, logo isto também será passado."

Acenda o caldeirão(ou a vela), usando fósforos longos ou uma vela, Enquanto as chamas crepitam, diga:

"Acendo este FOGO em sua honra, Deusa Mãe.
Você criou vida a partir da morte; o calor do frio;
O sol vive novamente; o tempo de luz está crescendo.
Bem - vindo, Deus Solar que sempre retorna!
Salve, mãe de Tudo!"

Circule o altar e o caldeirão lentamente, no sentido horário, observando as chamas. Repita o seguinte por algum tempo: "A roda gira, o poder queima!"

Medite sobre o Sol, sobre as energias ocultas que adormecem durante o inverno, não apenas na TERRA mas em nós mesmos. Pense no nascimento não como o início da vida, mas sim sua continuação. Dê boas vindas ao Deus.

Após algum tempo, pare e novamente de pé diante do altar e do caldeirão no fogo, diga:
"Grande Deus do Sol, Saúdo o Teu retorno.
Que brilhes sobre a Deusa;
Que brilhes sobre a Terra,
Espalhando as semente e fertilizando o solo.
A Ti todas as bênçãos, Ó renascido do Sol!"

Trabalhos de magia, se necessários, podem-se seguir! Celebre o banquete simples. O circulo está desfeito.

ERVAS TÍPICAS DO YULE

Louro, CAMOMILA , ALECRIM , Sálvia, Zimbo, Cedro e outras.

COMIDAS TÍPICAS DO YULE

Carne de porco, castanhas, frutas como a maçã e pêras, bolos de castanhas embebidos de cidra, chás de GENGIBRE ou hibisco

domingo, 26 de abril de 2015

Iniciação e auto iniciação

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Iniciação e auto iniciação

(Por Viviane Lopes)

Uma dúvida comum entre as pessoas que estão começando seus estudos é sobre a iniciação e a auto iniciação. Então vamos por partes, o que é cada uma:

Iniciação:

É quando a pessoa é iniciada por um Sacerdote ou Sacerdotisa em um Coven, após passar pelo período de estudos conforme as regras do Coven.

Auto iniciação:

É quando a pessoa pratica de forma solitária e não tem quem a inicie, então ela mesma faz a sua iniciação, ou seja, sua auto iniciação.

Mas não é tão fácil quanto parece. Para a pessoa se iniciar, em ambas as situações, é necessário que passe antes pelo período de Dedicação ou Auto dedicação, ou seja, ser dedicado em um Coven ou se auto dedicar em sua prática solitária.

O período de Dedicação é de, no mínimo, 1 ano e 1 dia para que se cumpram as 13 luas cheias do ano e também a Roda do Ano com a celebração dos 8 Sabbats.

Este período é um compromisso que a pessoa assume de estudar o que puder encontrar sobre a Wicca e desta forma aprender e vivenciar a religião.

Durante a dedicação a pessoa pode celebrar os Sabbats e Esbbats, além de fazer pequenos rituais simples, pois ainda está aprendendo. É também o período em que faz o seu Livro das Sombras, onde tudo o que é aprendido é anotado nele.

O dedicado então irá fazer:

Seu Livro das Sombras,

Celebrar os Esbbats e Sabbats,

Pequenos rituais e feitiços mais simples.

Caso a pessoa participe de um Coven, passará pelos ensinamentos e treinamentos pessoalmente e seu período de estudos será avaliado pelo Sacerdote e/ou Sacerdotisa, assim, definido se a pessoa está pronta para ser iniciada ou não.

Caso a pessoa pratique de forma solitária, no final do período, ela deve avaliar se realmente aprendeu o suficiente para suas práticas ou ainda tem dúvidas. Se está pronta para ter a Wicca como sua religião e celebrar a Deusa e o Deus. Neste caso, se a pessoa não se sentir preparada, então não faz a auto iniciação, pois terá mais prazo para se decidir.

Uma coisa que acontece muito é da pessoa se apressar demais, querer se iniciar sem nem ter estudado, isto é muito ruim, pois para se tornar praticante de uma religião é necessário conhecê-la bem. Um ritual não é um teatro, é uma celebração religiosa e fazer um ritual religioso sem entender o seu significado não faz sentido algum.

Mas também não significa que os estudos acabam com a iniciação. Eles continuam por toda a vida, pois sempre há algo a ser aprendido, não existe alguém que saiba tudo, então duvide de pessoas que afirmam saber “tudo sobre Bruxaria”, porque sabemos que isto não existe.

Eu costumo fazer comparações para um melhor entendimento. Eu comparo muito a iniciação wiccan com a conversão dos cristãos, ou seja, quando um cristão muda de religião, ele se converte e deixa para trás as antigas crenças, pois agora pertence a uma nova religião. Com a Wicca também é assim, ao se iniciar, a pessoa estará assumindo um compromisso com as divindades e a religião Wicca, que será sua religião daí em diante.

É por estes e outros motivos que muitos não se iniciam e continuam como dedicados durante anos, pois ainda tem laços com a religião anterior, o que na minha opinião é mais correto, porque é melhor deixar para se iniciar quando tiver certeza de suas crenças, do que se iniciar sem ter ideia do que está praticando.

Outra coisa muito comum que acontece é da pessoa querer logo ir comprando diversos instrumentos mágicos e roupas ritualísticas. Está errado. A primeira coisa que a pessoa deve comprar é livros sobre Wicca, Bruxaria e Paganismo, afim de estudá-los o quanto puder. Os instrumentos são comprados com o tempo, além disso, como a pessoa ainda não é iniciada, seus rituais serão simples e será necessário usar apenas velas, incensos, sal grosso e algumas ervas. A respeito de blogs e sites, nem todos são confiáveis, mas com o tempo de estudos, a própria pessoa vai perceber qual é confiável e qual não é.

A Deusa Hécate

 

 

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A Deusa Hécate (Festival de Hécate em 13 de agosto)

O dia 13 de Agosto era uma data importante no antigo calendário greco-romano, dedicada às celebrações das deusas Hécate e Diana, quando Lhes eram pedidas bênçãos de proteção para evitar as tempestades de Verão que prejudicassem as colheitas.

Hécate, a misteriosa Deusa das Trevas e protetora de todos os Bruxos, é a personificação da lua e do lado escuro do princípio feminino. Seu nome é grego e significa "aquela que tem êxito de longe", o que a liga a Diana (Artemis), a virgem caçadora da lua.

Na mitologia, Hécate era filha dos titãs Perses e Asteria, e acreditava-se que vagava pela terra e assombra­va as encruzilhadas nas noites sem lua com uma matilha de cães fantasmagóricos e uivantes.

Como Diana, Hécate pertence à classe das deidades portadoras de archote, sendo retratada portando um, afim de se ajustar à crença de que era a deusa lunar noturna e poderosa caçadora que conhecia seu caminho no reino dos espíritos. Controlava as fases de nascimento, vida e morte, e dizia-se que os poderes secretos da Natureza estavam sob seu comando.

Embora os cães fossem os animais mais sagrados para ela, Hécate estava associada às lebres na antiga Grécia, como a sua equivalente germânica, a deusa lunar Harek.

(A lebre, de acordo com uma série de hieróglifos egípcios, é um "sinal determinador que define o conceito do ser, e simboliza, em consequência, a existência elementar. Para os antigos chineses, a lebre era tida como animal de augúrio, e dizia-se que vivia na lua.)

Na Arte

Hécate é muitas vezes representada como uma mulher com três cabeças, com serpentes sibilantes entrelaçadas em seu pescoço.
Por essa razão, ela é chama­da de Triforme —símbolo que pode estar ligado aos três níveis. Nascimento, Vida e Morte (representando o Passa­do, o Presente e o Futuro) e à trindade da Deusa Tripla: Virgem, Mãe e Anciã.

Hécate é uma poderosa deidade lunar, e todos os rituais realizados em sua honra devem ser feitos:
- à meia-noite,
- em noites sem lua
- ou ao nascer da lua do dia 13 de Agosto, o principal festival pagão de Hécate.

Hécate é uma Deusa Tríplice Lunar vinculada com o aspecto sombrio do disco lunar, ou seja, o lado inconsciente do feminino. E, representa ainda, o lado feminino ligado ao destino. Seu domínio se dá em três dimensões: no Céu, na Terra e no Submundo.
Hécate está associada a cura, profecias, visões, magia, Lua Nova, encantamentos, vingança, livrar-se do mal, riqueza, vitória, sabedoria, transformação, purificação, escolhas.

A Deusa Hécate, segundo algumas versões, recebeu o título de "Rainha dos Fantasmas", "Padroeira das Bruxas", “Rainha das Encruzilhadas” ou "Deusa das Feiticeiras". Para protegerem-se, os gregos colocavam estátuas da Deusa na entrada das cidartas das casas.

Hécate é também um vaso-útero, que recebe os processos passados no interior da psique. Ela é o vaso alquímico que permite a transformação e transmutação dos elementos materiais em espirituais. Hécate habita as grutas e cavernas. E para sermos fertilizados pela semente da criação espiritual e do renascimento psíquico temos de visitar a sua morada, fazer a entrada no reino dessa deusa. Ela é a Caverna-Mãe onde se dão os processos espirituais.
Muitos mistérios e ritos de iniciação se passavam no interior das grutas e cavernas.
Hécate é a regente dos processos misteriosos da vida e da morte, das passagens difíceis da vida, da entrada nos caminhos árduos da transformação.

A Deusa nos diz que as mudanças servem para determinar o nosso comportamento e que devemos ter cuidado com os caminhos falsos ou atalhos inadequados. O caminho, por vezes, pode não ter muita importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
Hécate estava por perto quando Perséfone foi raptada por Hades, mas não interferiu, porque ela sabia que as passagens são necessárias, às vezes não importam os caminhos. Mas é Hécate que ensina e ajuda a Deméter a achar o caminho para recuperar a filha Perséfone.
A entrada no mundo inferior é necessária para o contato com as fontes internas da fertilidade, mas é preciso saber o caminho de volta para poder tornar consciente toda a possibilidade criativa. Enquanto houver o mergulho no mundo inferior, a consciência pode adormecer e descansar, e novamente será renovada e frutificará com a volta.

Oração à Hécate:

“Ó Poderosa Hécate,
Faça com que o círculo nunca seja quebrado,
Faça com que a terra esteja sempre firme,
Faça com que o vento seja sempre constante,
Faça com que o mar esteja sempre agitado,
Faça com que o fogo nunca se apague,
e sua luz mostre o caminho.
Hécate!
Faça-se sempre viva em minha alma.”

Esta é uma das orações poderosa das Bruxas, aonde seus pedidos à Deusa Hécate, geralmente são de proteção para suas magias e para ativar a energia dos seus poderes.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Lua De Sangue

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4 de abril 2015 - Lua de Sangue

Chamado popularmente de “Lua Sangrenta” ou “Lua de Sangue”, um eclipse lunar está previsto para a madrugada da sexta para sábado (04). O fenômeno em que a Lua é coberta pela sombra da Terra e acaba ficando avermelhada poderá ser visto da Ásia, região do Pacífico e América do Norte. Desta vez, os brasileiros não vão poder ver o eclipse.

Esbat de abril: lua de sangue

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Conhecido mais popularmente como Lua de sangue (a última antes do Samhain) e em certos covens como lua de cura, esse é o esbat de abril. Esta lunação marcava o inicio do tempo de caça e estoque de comida para o inverno. É um momento para celebrar os ancestrais e meditar sobre o tema morte e renascimento, antecipando a mudança que ocorrerá em Samhain. É o esbat propicio para se livrar de hábitos e coisas ruins em nossas vidas, logo todo feitiço ou ritual de banimento se beneficiará das energias dessa lua.
Essa lua é associada a cor vermelha (sangue), exatamente por ser a lua da caça, da fecundidade, da menstruação e da maternidade, rituais com esses significados também são bem vindos.
Ritual do esbat: Todos os aspectos pré-rituais vcs já sabem, procurem nesse esbat usar incenso de cipreste ou qualquer outro que esteja aliado a feminilidade e a fertilidade. Antes de iniciarem o ritual façam um exercício de controle de respiração, tentem relaxar, meditem um pouco sobre o ciclo de suas vidas. Feito isso abram o circulo como de costume, antes de iniciar qualquer ritual façam uma homenagem aos deuses, dancem, cantem em volta do caldeirão cheio de água e flores silvestres, sintam a liberdade e a deusa dançando junto a vocês. Vocês podem realizar hoje um ritual de cura, ou em busca de harmonia ou até mesmo um ritual de banimento de energias negativas. Terminado o ritual que vcs escolheram coloquem o dedo indicador da sua mão de poder dentro do caldeirão e em seguida desenhem o símbolo da lua cheia em suas testas, ergam um cálice contendo vinho ou qualquer bebida de tom avermelhado e sintam a energia dos raios lunares chegando até vc e até o cálice, o poder da deusa tocará em você suave como seda, peça que ela abençoe seus projetos e os conceda fertilidade, que ela extermine as coisas ruins da sua vida e que você esteja renovado para o começo do novo ciclo em Samhain. Beba e agradeça a deusa pelas bênçãos concedidas. Agora você pode encerrar a celebração como de costume e água do caldeirão pode ser utilizada para energizar suas pedras ou amuletos.Sugestão de ritual de cura: você vai precisar fazer dentro do seu circulo mágico um pequeno circulo de sal, dentro dele vc deve colocar: uma vela branca e um athame, no centro. Em frente à vela, coloque a foto da pessoa que necessita de cura. Descreva círculos maiores sobre o circulo de sal utilizando sua varinha mágica ou equivalente e diga algo mais ou menos assim:
“Deusa da vida, do amor e da bondade, nessa noite de grande força invoco teus poderes para o bem de ... e que ele possa ser curado de qualquer enfermidade física e/ou espiritual.” Feche os olhos e visualize um raio de luz branca descendo do céu para a ponta do athame e então para seus braços e corpo, preenchendo-a com uma sensação confortável, intensa, fulgurante. Continue a visualização e, quando começar a sentir o divino poder curativo da Deusa acumulando dentro de si, comece a visualizar a pessoa que precisa ser curada. Concentre-se bastante e veja a pessoa em seu olho mental completamente curada, em perfeita saúde. Pegue o athame e o aponte para a fotografia (ou para a pessoa, caso ela esteja presente no ritual). Dirija e então libere a energia curativa acumulada para a pessoa enferma. Continue até que toda energia tenha sido usada. Relaxe por alguns minutos (esse ritual pode ser fisicamente exaustivo) e depois agradeça à Deusa por sua presença e ajuda. Deixe que a vela queime até o fim.




quinta-feira, 2 de abril de 2015

WICCA É A PASCOA SEU SIGNIFICADO ....



WICCA É A PASCOA SEU SIGNIFICADO ....
Páscoa: O que tem a ver o coelho com o ovo? - Por Eddie Van Feu
Se você fez primeira comunhão como eu, ou cresceu num lar católico como a maioria dos brasileiros, deve saber que a Páscoa representa a ressurreição de Cristo. Mas ninguém nunca explicou muito bem o que o coelho e o ovo estavam fazendo nessa história. Se a gente der uma olhadinha no que rolava antes do Cristianismo, teremos uma surpresa!A Wicca, religião pagã baseada em antigas culturas místicas como os celtas, celebra a Óstara ou Eostre em homenagem à Deusa Eostre no período da Páscoa. Daí veio o nome em inglês da Páscoa (Easter). A Óstara é celebrada no primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia, depois do Mabon (na Roda Sul), que é o equinócio de Outono. Geralmente entre os dias 19 e 22 de Março. No Hemisfério Norte, ela é celebrada no Equinócio da Primavera.
A raiz da Wicca é a magia celta. A origem dos celtas ainda é tema de estudos. Ao que parece, tudo começou quando tribos indo-européias migraram do Vale do Danúbio para a Ásia ao Leste, para o Mar Mediterrâneo ao Sul, para a Escandinávia ao Norte e para as ilhas Celtas, ao Oeste. Eles espalharam sua cultura, seus conhecimentos e sua espiritualidade e isso explica porque encontramos semelhanças e analogias em religiões e culturas diversas como a hindu na Índia e a celta no Oeste europeu. Eis também mais uma razão para estudar tudo com a mente aberta. As raízes celtas são mais profundas e extensas do que imaginamos. Os celtas eram muito ligados à cultura nórdica e germânica (mais do que as mediterrâneas e ocidentais) e levaram seu conhecimento em suas várias migrações. Eles seguiram a corrente do Danúbio, indo para a Escócia, Inglaterra, País de Gales, Irlanda e a antiga Britânia (atual França). A ligação dos celtas com o Danúbio lhes rendeu o nome “filhos de Danu”. Em irlandês, “Tuatha De Dannan”.
Apesar de alguns wiccanos ortodoxos reclamarem muito da mistura feita pelos bruxos modernos, a cultura celta é, em si, uma grande colcha de retalhos, pois com as constantes invasões, os celtas receberam influências das mais diversas. Só a Irlanda, segundo a história mitológica, sofreu cinco invasões. Assim, wiccanos sempre estiveram envolvidos com cultos cristãos por causa da influência da família e do grupo social. Provavelmente, wiccanos sempre comemoraram a Páscoa e outras datas cristãs antes mesmo de saberem que essas mesmas datas nasceram das tradições pagãs. A Wicca é livre e seus seguidores podem manter sua antiga fé, adaptando-a ao aprendizado mágico que é o cerne da Wicca.
Mas e o coelho e os ovos?
A Deusa Eostre é a Deusa que celebramos na Óstara e sua história é muito bonita. Conta a lenda que ao ver um pássaro ferido na neve, ela foi tentar ajudá-lo e o transformou em uma lebre Só que a transformação não foi completa e a lebre continuou com a habilidade de pôr ovos. Como agradecimento, a Lebre levou um de seus ovos para a deusa, que ficou tão encantada com a originalidade do presente que decretou que, a partir de então, todas as crianças do mundo ganhariam ovos nesta época. Daí veio a representação do Coelho da Páscoa (que a maioria não diferencia de uma lebre) e do hábito de se dar ovos de presentes.
Antigamente, pintava-se runas e símbolos do seu desejo nos ovos, mas um sempre tinha que ser enterrado como um presente para a Mãe Terrra. Outra referência à Lebre que a Lebre da Páscoa era o animal sagrado da deusa teutónica da Primavera, Eostre, Deusa Lunar que dava fertilidade à terra e possuía cabeça de Lebre.
A Deusa Eostre era a Grande Deusa Mãe saxónica da Alvorada, da Luz Crescente da Primavera e do Renascimento da Vegetação e era também conhecida por outros nomes: Ostare, Eostur, Ostara, Eostra, Ostern, Aysos e Austron. Ela também está ligada à deusa grega Eros, grega, e à deusa romana Aurora. As duas são deusas do Amanhecer, e por isso festejamos um novo ciclo, um renascimento, na Ostara (na tradição cristã, a Ressurreição de Cristo). Eostre também estava relacionada à Ishtar e Astarte, deusas do amor na Babilônia, o que remete ao sentimento de amor, amizade, união e harmonia que deveriam ser praticadas nessa época (e no resto do ano, de preferência).
E a carne na Sexta-feira Santa?
À princípio, não há nada na tradição celta que eu conheça que impeça a ingestão de carne na Sexta-Feira Santa, mas como a Óstara comemora um renascimento, é comum se fazer um ritual de morte antes, geralmente na sexta-feira. Nesse ritual, nós morremos com nossos problemas, dores, tristezas e mágoas, entregando tudo isso para o Universo, para a Grande Mãe e o Grande Pai, e pedindo uma chance para recomeçar. É um ritual de muita concentração, muita auto-análise e, geralmente, muitas lágrimas. Mas quando ele termina, estamos prontos para renascer para a felicidade que a Divindade deseja para seus filhos. Em rituais como este, é normal que se evite comidas pesadas, como carne, pois o espírito precisa ficar mais sutil para se elevar aos planos superiores, aos nossos mestres e mentores.
Eddie Van Feu